sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Euro: As principais conclusões e as maiores incertezas


Num rescaldo provisório do Conselho Europeu, que termina em Bruxelas, esta sexta-feira, são mais as incertezas que as conclusões de uma cimeira que era por muitos apontada como a "derradeira oportunidade" para salvar o euro.

O primeiro dia de trabalhos, que tinha o formato de um "jantar informal" dos chefes de Estado e de Governo, acabou por se prolongar por cerca de nove horas, e terminou às 5 horas locais (4 horas em Portugal continental) com um acordo sobre o reforço da disciplina orçamental que deixará de fora pelo menos um dos 27 Estados-membros.

As tão faladas alterações aos Tratados da União Europeia, reclamadas por Berlim e Paris, não se concretizarão a 27 - dada a intransigência do Reino Unido - mas apenas ao nível 17 dos membros da zona euro, no formato de um tratado intergovernamental, a que se juntarão um número ainda incerto de países de fora do espaço monetário único, que irão consultar os seus parlamentos nacionais.

Eis algumas das principais conclusões e incertezas saídas de Bruxelas nas últimas horas:

- Tratado intergovernamental

Pelo menos 23 países irão fazer parte de um novo tratado intergovernamental para reforçar o euro. O Reino Unido é, de acordo com as informações desta manhã, o único Estado-membro que se excluiu determinantemente do propósito, ao passo que outros países já definiram como essencial remeter a decisão para os parlamentos nacionais, casos de Hungria, Suécia e República Checa, por exemplo. O referido acordo poderá entrar em vigor antes de uma alteração profunda dos Tratados da União Europeia, com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a apontar Março de 2012 como a data prevista. O reforço da disciplina orçamental, nomeadamente por via de um maior equilíbrio dos seus orçamentos e da aplicação de sanções em casos de incumprimento dos objectivos, é a principal meta do Tratado.

- Disciplina orçamental

Com o novo Tratado, o défice estrutural de um país não poderá ser superior a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nominal, aparte em Estados com uma dívida "significativamente abaixo" de 60% do PIB. O défice estrutural refere-se a valores diferentes do défice nominal, consagrado no Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) em que o limite anual do défice é de três por cento do PIB. O Tribunal de Justiça Europeu irá assegurar que a maior disciplina orçamental será "introduzida a nível constitucional ou equivalente" nos Estados-membros. No conjunto dos 17 países da moeda única, as regras referentes aos défices excessivos serão ainda mais rígidas: existirão "consequências automáticas" quando os limites forem ultrapassados, a não ser que o Conselho, por maioria qualificada, decida o contrário.

- Reino Unido

A recusa britânica em assinar o Tratado intergovernamental deveu-se às "inaceitáveis" condições pedidas por David Cameron para integrar um novo tratado europeu para estancar a crise da dívida soberana, disse o presidente francês Nicolas Sarkozy, sem concretizar quais as referidas condições. O primeiro-ministro britânico, por seu turno, disse que a recusa em participar na revisão do tratado europeu para reforçar a disciplina orçamental da zona euro foi uma "decisão difícil mas boa", justificando-a com os interesses do seu país.

"Se não podemos obter garantias no âmbito do tratado, o melhor é ficar de fora", disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron, durante uma conferência de imprensa após o primeiro dia de trabalhos da cimeira em Bruxelas.

- Fundos de resgate

Os líderes europeus querem que o fundo europeu de resgate permanente (Mecanismo de Estabilidade Europeu) entre em vigor em Julho do próximo ano. O fundo co-existirá temporariamente com o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), mecanismo de ajuda que presta apoio a Portugal, por exemplo. Os 27 líderes dos Estados-membros da União Europeia (UE) querem que o novo Mecanismo de Estabilidade Europeu tenha um limite máximo de 500 mil milhões de euros para empréstimos a países em dificuldades

- Fundo Monetário Internacional

A União Europeia decidiu aumentar os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em 200 mil milhões de euros para que a entidade possa socorrer Estados-membros em perigo.

"Os países do euro e outros Estados-membros porão à disposição do FMI até 200 mil milhões de euros para aumentar os nossos recursos financeiros e fazer frente à crise", disse Van Rompuy em conferência de imprensa no final do primeiro dia do Conselho Europeu.

A director-geral do FMI, Christine Lagarde, declarou por sua vez que as decisões tomadas pelos líderes europeus em Bruxelas são um "importante contributo" para enfrentar a crise na zona euro e "fortalecer" a "recuperação económica global". "Aprecio esta demonstração de liderança da Europa, e tenho esperança de que outros façam também a sua parte", sustentou.

in Jornal de Notícias

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O fim??

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, defendeu esta quinta-feira que a "fragmentação seria um desastre para a Europa", e tal representaria uma derrota económica e política que teria impacto para além do espaço europeu.

"Não devemos permitir que novas linhas de divisão se formem na Europa. Nunca devemos esquecer que a pior ameaça que pode atirar a Europa para baixo é a da sua divisão. Não vamos ficar parados e deixar que esta ameaça se materialize", defendeu o presidente do executivo comunitário em Wroclaw, na Polónia, onde hoje recebeu o grau Honoris Causa da Universidade de Tecnologia local.

"Esta é uma luta pelo futuro económico e político da Europa. Esta é uma luta pelo que a Europa representa no mundo. Esta é uma luta pelos valores europeus. Esta é uma luta que não podemos perder", acrescentou Barroso.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"Tempo está a esgotar-se" para Espanha e Itália

A Europa tem semanas ou dias para evitar um 'default' de Espanha ou de Itália se o BCE não intervir e comprar dívida no mercado secundário, afirmou Willem Buiter, economista chefe do Citigroup.

"O tempo esgota-se rapidamente", assegurou Willem Buiter em declarações à Bloomberg Television.

"Penso que temos uns meses - ou mesmo semanas ou dias - antes que tenhamos um risco importante de 'default' desnecessário em países com Espanha ou Itália", afirmou.

"Isso seria uma catástrofe financeira que arrastaria o sistema financeiro europeu e norte-americano com ele. Por isso têm que agir agora" insistiu.

Para Willem Buiter, se não se aumentar o tamanho do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), o BCE é o único canal para ajudar na zona euro.

"Podem ter que tapar o nariz enquanto o fazem, mas se não o fizerem é o fim da zona euro", disse, recordando que o BCE não pode emprestar dinheiro directamente aos Governos ou comprar no mercado primário, explicou que "não há qualquer restrição em comprar qualquer quantidade de dívida soberana em qualquer momento no mercado secundário".

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Entender o Capitalismo Mundial

Capitalismo Ideal: Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. Elas se multiplicam, e a economia cresce. Você vende o rebanho e reforma-se, rico!

Capitalismo Americano: Você tem duas vacas. Vende uma e força a outra a produzir leite de quatro vacas. Fica surpreso quando ela morre. Então você invade um país árabe dizendo que eles ameaçam a democracia mundial porque têm armas de destruição massiça, e rouba as vacas deles.

Capitalismo Francês: Você tem duas vacas. Entra em greve porque quer três.

Capitalismo Canadiano: Você tem duas vacas. Usa o modelo do capitalismo americano. As vacas morrem. Você acusa o protecionismo brasileiro e adopta medidas protecionistas para ter as três vacas do capitalismo francês.

Capitalismo Japonês: Você tem duas vacas. Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e vende-os para o mundo inteiro.

Capitalismo Italiano: Você tem duas vacas. Uma você matou, quando tentou forçá-la a fabricar queijo diretamente da teta e com a outra você resolve experimentar salame de vaca. Vende o salame de vaca para todo o mundo e fica rico.

Capitalismo Britânico: Você tem duas vacas. As duas são loucas.

Capitalismo Holandês: Você tem duas vacas. Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.

Capitalismo Alemão: Você tem duas vacas. Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos.

Capitalismo Russo: Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12 vacas. Você pára de contar e abre outra garrafa de vodca.

Capitalismo Suíço: Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar a vaca dos outros.

Capitalismo Espanhol: Você tem muito orgulho de ter duas vacas.

Capitalismo Polaco: Você tem duas vacas. A sua equipa perde, você bebe, anda á porrada com as duas e as mata.

Capitalismo Português: Você tem duas vacas. E reclama porque a sua manada não cresce...

Capitalismo Chinês: Você tem duas vacas e 300 pessoas tirando leite delas. Você se gaba de ter pleno emprego e alta produtividade. E prende o activista que divulgou os números.

Capitalismo Hindu: Você tem duas vacas. Ai de quem tocar nelas.

Capitalismo Mexicano: Você tem duas vacas, sobe em uma e vai para os EUA.

Capitalismo Etíope: Você não vacas nenhumas.

Capitalismo Sul-Coreano: Você tinha duas vacas, com a divisão das Coreias, você passou a ter apenas uma. Então os Americanos doam 3 mil vacas para você fazer inveja no seu vizinho do norte.

Capitalismo Porto-Riquenho: Você não tem duas vacas, mas é cidadão estadunidense.

Capitalismo Palestino: Você tem duas vacas. Os judeus as tomam e te dão uma vara para você criar na faixa de gaza.

Capitalismo Judeu: Você tem duas vacas. Vende uma, recebe o dinheiro e não a entrega. Quando o comprador vai reclamar, você o chama de anti-semitista, nazista e continua com a vaca.

Capitalismo Iraquiano: Você tinha duas vacas. Com a invasão dos EUA você perde uma. Então troca sua única vaca por um carro bomba e mata aqueles filhos da puta.

Capitalismo Gaúcho: Você tem duas vacas. As vende e compra carne de vaca argentina.

Capitalismo Argentino: Você tem duas vacas. Você se esforça para ensinar as vacas mugirem em inglês. As vacas morrem. Você vende uma delas para os gaúchos, e a outra você faz um churrasco de final de ano pros diretores do FMI.

Capitalismo Brasileiro: Você tem duas vacas. Uma delas é roubada. O governo cria a CCPV- Contribuição Compulsória pela Posse de Vaca. Um fiscal vem e te autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. A Receita Federal, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro e botões, presumia que você tivesse 200 vacas e você vende a vaca restante para pagar as multas e os acréscimos legais e ainda adere ao programa do governo chamado REFIS para parcelar o restante da dívida com atualização da TR mais juros por 120 meses.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011


Pensões até 246 euros aumentam 3,1% em 2012

As pensões mínimas, sociais e rurais de cerca de um milhão de reformados vão ser aumentadas em 3,1% no próximo ano, disse o ministro da Solidariedade e Segurança Social.

Em causa estão as pensões cujo valor oscila entre 246 euros (das pensões mínimas) e os 189 euros (das rurais).

Pedro Mota Soares abriu, esta sexta-feira, o segundo dia de debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2012 tendo ainda sublinhando que as instituições particulares de solidariedade social vão ficar isentas do pagamento do IRC e poder receber metade do IVA pago nos trabalhos de obras e reparações.

As previsões apontam para que cerca de 5 mil IPSS possam beneficiar deste regime de devolução do IVA.

in jn

sexta-feira, 4 de novembro de 2011


Grécia abandonou a ideia de fazer referendo sobre plano de resgate

O ministro grego da Economia anunciou, esta quinta-feira, que o Governo recuou, definitivamente, em relação à realização de referendar o plano de resgate europeu, aprovado a 27 de Outubro.

"O Governo anuncia de forma oficial que não avançará com nenhum referendo", anunciou Evangelos Venizelos, alertando, no entanto, para o facto de a Grécia necessitar dos oito mil milhões de euros referentes à sexta tranche de apoio da troika até ao dia 15 de Dezembro.

Ao fim de várias negociações, o primeiro-ministro grego começou por admitir um possível recuo na decisão que deixou os líderes europeus inquietos e causou o caos nas bolsas. Georges Papandreou referiu que o recuo no referendo é a condição necessária ao diálogo com o partido da oposição, Nea Dimokratia (Nova Democracia), para a formação de um Governo de unidade nacional.

O primeiro-ministro grego referiu que, em caso de consenso com o líder da oposição, Antonis Samaras, "não seria necessário o referendo". "Creio que as intenções do senhor Samara são boas, que quer cooperar e quer dar uma boa postura", acrescentou.

Fontes do partido da oposição confirmam que Papandreou e Samaras falaram por telefone e que as negociações irão continuar esta noite. "Tenho responsabilidade de encontrar dinheiro para evitar que o país caia em bancarrota", declarou o primeiro-ministro grego, à tarde, num discurso no Parlamento.

"Os sacrifícios estão a ser difíceis, mas ajudam a solidificar os novos cimentos do futuro", acrescentou o governante, destacando, ainda, que a Grécia conseguiu o perdão de uma grande parte da dívida.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ciclos Económicos


O conceito de Ciclo económico refere-se às flutuações da atividade econômica, a longo prazo. O ciclo envolve uma alternância de períodos de crescimento relativamente rápido do produto (recuperação e prosperidade), com períodos de relativa estagnação ou declínio (contração ou recessão).

Os ciclos económicos são caracterizados por um movimento de um grande número de atividades econômicas e não apenas pelo movimento de uma única variável, tal como o PIB, embora essas flutuações são geralmente medidas em termos de variação do Produto Nacional (PIB ou PNB). Schumpeter em 1939, definiu quatro fases para um ciclo económico: (1) boom; (2) recessão; (3) depressão; (4) recuperação.Embora os ciclos económicos se repitam, e caracterizados por períodos de expansão e contração da actividade económica, não necessariamente periódicos. Por sua vez, são um fenómeno que ocorrem em economias de mercado.

Macroeconomia



Macroeconomia é uma das divisões da ciência económica dedicada ao estudo, medição e observação de uma economia regional ou nacional como um todo. A macroeconomia é um dos dois pilares do estudo da economia, sendo o outro a microeconomia. O estudo macroeconómico surgiu como forma de oposição ao sistema mercantil Europei. Este movimento foi chamado por Keynes de Revolução Clássica. Os dois dogmas mercantilis atacados pelos clássicos eram, o metalismo (a crença de que a riqueza e o poder de uma nação estava na acumulação de metais preciosos), e a crença na necessidade de intervenção do estado para direcionar o desenvolvimento do sistema capitalista. O primeiro trabalho clássico foi ''A riqueza das nações'', publicado em 1776 de Adam Smith, sendo considerado a partir desta publicação o início ciência económica. O termo macroeconomia teve origem na década de 1930 a partir da Grande Depressão iniciada em 1929, onde foram intensificadas a urgência dos estudo das questões macroeconómicas, sendo a primeira grande obra literária macroeconómica o livro ''Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda'', do economista britânico John Maynard Keynes, dando origem a Revolução Keynesiana que se opôs à ortodoxia da Economia Clássica.

A macroeconomia concentra-se no estudo do comportamento agregado de uma economia, ou seja, das principais tendências (a partir de processos microeconómicos) da economia no que diz respeito principalmente à produção, á obtenção de lucro, ao uso de recursos, ao comportamento dos preços, e ao comércio exterior. Os objetivos da macroeconomia são principalmente o crescimento da economia em si, o emprego estável, a estabilidade de preços e o controlo inflacionário.

Um conceito fundamental à macroeconomia é o de sistema económico, ou seja, uma organização que envolva recursos produtivos.



A estrutura macroeconómica compõe-se de cinco mercados:

• Mercado de Bens e Serviços: determina o nível de produção agregada bem como o nível de preços.

• Mercado de Trabalho: admite a existência de um tipo de mão-de-obra independente de características, determinando a taxa de salários e o nível de emprego.

• Mercado Monetário: analisa a procura da moeda e a oferta da mesma pelo Banco Central que determina a taxa de juros.

• Mercado de Títulos: analisa os agentes económicos que possuem um nível de gastos inferior ao seu lucro e aqueles que possuem gastos superiores ao seu nível de lucro.

• Mercado de Divisas: depende das exportações e de entradas de capitais financeiros determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro.

O actual alargamento dos mercados como factor de crescimento económico

O alargamento dos mercados financeiros mundiais traduz crescimento económico em várias vertentes. Crescimento económico é o aumento regular da produção de bens e serviços numa determinada sociedade referenciada no espaço e no tempo. Uma nação, munida de uma boa produção, poder de compra, juntamente a uma exportação interior e exterior, e bons níveis no IDH, á partida, tem o que é necessário para crescer economicamente. Porém, isso por si só não chega – a necessidade de alargar os mercados é constante, para aumentar o fluxo de bens e matérias-primas. Para tal, criam-se zonas de comércio livre entre diversos países, de modo a contribuir para um melhor alargamento dos mercados e consequentemente, crescimento económico. Alguns exemplos disso é o Mercado Comum Centro-Americano, NAFTA, Caricom, Mercosul, UE, entre outros. No caso da UE, originalmente, numa tentativa para unir os europeus após a 2ª Grande Guerra, criou-se a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) que, embora tendo o objectivo modesto do controlo centralizado das indústrias do carvão e do aço dos seus Estados-membros, foi declarada como sendo uma primeira etapa para a fundação de uma Europa de comércio livre e sem fronteiras. Após a criação da CEE, o crescimento dos mercados europeus foi quase explosivo. Isto dá-nos uma ideia de quão eficaz é a criação de espaços de comércio livre para aumentar o crescimento económico.
Actualmente também temos a OMG (Organização Mundial do Comércio), que contribui para a liberalização do comércio mundial. A Organização Mundial do Comércio é uma organização internacional que trata das regras sobre as moedas e seu preço no mercado mundial entre as nações. Os membros da OMC negociam e assinam acordos que depois são ratificados pelo parlamento de cada nação e passam a regular o comércio internacional com a ordem parlamentar.
Também assistimos á emersão de novas economias de sucesso mundial, tal como o Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC). Estes países, apesar de ainda serem considerados países em desenvolvimento e com baixo índice de IDH, possuem uma forte indústria e grande produção, para além de um grande poder de exportação e mão-de-obra barata. Em 2050, o conjunto das economias dos BRICs pode eclipsar o conjunto das economias dos países mais ricos do mundo actual. Os quatro países, em conjunto, representam actualmente mais de um quarto da área terrestre do planeta e mais de 40% da população mundial.
Outro caso de economias em desenvolvimento são os CIVET, um grupo de países com economias dinâmicas e diversificadas e uma população jovem em ascensão, formados pela Colômbia, Indonésia, Vietnam, Egipto e Turquia. É comum afirmar que estes países são os “segundos BRICs”, ou seja, a segunda geração de economias em ascensão.
Deve-se sublinhar o facto que estas economias estão a crescer graças á intensa expansão dos seus mercados financeiros pelo mundo todo, e isto deve-se ás zonas de comércio livre criadas em função de melhor comércio de bens e serviços entre outros. Hoje em dia já é comum encontrar casas de comércio chinesas em todas as ruas, cadeias de Supermercados Pingo Doce e LIDL e bancos Milénium BCP e BES espalhados pela Europa, cadeias de restaurantes multinacionais, como a MacDonald’s e Pizza Hut, carros de inúmeras marcas em todo o lado, entre milhões e milhões de outros artigos. Um país que seja fechado ao mundo, como foi o caso da Albânia e da Roménia, por exemplo, sob o punho de ferro de Nicolae Ceaușescu e Enver Hoxha, encontrar-se-á em sérias dificuldades económicas e sociais, como se pode verificar. Logo, podemos concluir que comércio livre, é um forte aliado do crescimento económico, pois contribui para o alargamento dos mercados.

José Costa 12.1

Prémio Nobel da Economia 2011

Foi o último Prémio Nobel 2011 a ser revelado e tem tem não um, mas dois vencedores, ambos professores catedráticos norte-americanos.

Thomas J. Sargent e A. Christopher Sims são os agraciados pela Academia Sueca das Ciências, pelas suas "pesquisas empíricas sobre causa e efeito na macroeconomia".

Os economistas desenvolveram métodos para estudar a relação entre a política económica e as variáveis macroeconómicas, como o produto interno bruto, inflação, emprego e investimento.

A sua investigação explica que a "política afecta a economia, mas a economia também afecta política," afirmou o porta-voz da Academia Sueca.

Christopher Sims concentrou o seu trabalho no estudo dos efeitos das taxas de juro definidas pelos bancos centrais. Já Thomas Sargent centrou a sua investigação em mudanças permanentes na política económica, tais como metas de inflação.

As apostas dos especialistas concentraram-se, não nos nomes, mas na área de acção. Os desenvolvimentos no estudo da área macroeconómica eram os mais pedidos pelos críticos.

Sargent nasceu em 1943, em Pasadena, e integra actualmente a Universidade de Nova Iorque. Quanto a Sim, nasceu em 1942 e é na Universidade de Princeton que desenvolve estudos e trabalho.

Os dois economistas vão repartir um prémio de 10 milhões de coroas suecas (um milhão de euros), uma medalha de ouro e um diploma que será entregue na cerimónia dos laureados a 10 de Dezembro, que marca também o aniversário da morte de Alfred Nobel, como habitualmente.

No ano passado os agraciados com o prémio Nobel da Economia foram Peter Diamond, Dale Mortensen e Christopher Pissarides pelo seu trabalho sobre a eficiência no recrutamento, a formação de salários e legislação laboral.

in Dinheiro Vivo

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Índice de Pobreza Humana (IPH)

Conceito de Índice de Pobreza Humana

O Índice de Pobreza Humana (IPH) é um índice criado pela ONU em 1997 para medir a pobreza humana e que utiliza no seu cálculo três dimensões base:

. longevidade: representada pela percentagem de pessoas que morrem antes dos 40 anos;

. conhecimento: representado pela percentagem de adultos analfabetos;

. nível de vida: representado pela percentagem de pessoas com acesso a serviços de saúde, percentagem de pessoas com acesso a água potável e percentagem de crianças subnutridas.

Actualemente, os países em vias de desenvolvimento são pertencentes ao IPH1 e os desenvolvidos aos IPH2.

IDH



O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano" e para separar os países desenvolvidos (muito alto desenvolvimento humano), em desenvolvimento (desenvolvimento humano médio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano baixo). A estatística é composta a partir de dados de expectativa de vida ao nascer, educação e PIB (PPC) per capita (como um indicador do padrão de vida) recolhidos a nível nacional. Cada ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas. O IDH também é usado por organizações locais ou empresas para medir o desenvolvimento de entidades subnacionais como estados, cidades, aldeias, etc.

O índice foi desenvolvido em 1990 pelos economistas Amartya Sen e Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu relatório anual.

Critérios de avaliação:
A partir do relatório de 2010, o IDH combina três dimensões:

Uma vida longa e saudável: Expectativa de vida ao nascer
O acesso ao conhecimento: Anos Médios de Estudo e Anos Esperados de Escolaridade
Um padrão de vida decente: PIB (PPC) per capita
Até 2009, o IDH usava os três índices seguintes como critério de avaliação:

Índice de educação: Para avaliar a dimensão da educação o cálculo do IDH considera dois indicadores. O primeiro, com peso dois, é a taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais de idade — na maioria dos países, uma criança já concluiu o primeiro ciclo de estudos (no Brasil, o Ensino Fundamental) antes dessa idade. Por isso a medição do analfabetismo se dá, tradicionalmente a partir dos 15 anos. O segundo indicador é a taxa de escolarização: somatório das pessoas, independentemente da idade, matriculadas em algum curso, seja ele fundamental, médio ou superior, dividido pelo total de pessoas entre 7 e 22 anos da localidade. Também entram na contagem os alunos supletivo, de classes de aceleração e de pós-graduação universitária, nesta área também está incluído o sistema de equivalências Rvcc ou Crvcc, apenas classes especiais de alfabetização são descartadas para efeito do cálculo.
Longevidade: O item longevidade é avaliado considerando a expectativa de vida ao nascer. Esse indicador mostra a quantidade de anos que uma pessoa nascida em uma localidade, em um ano de referência, deve viver. Reflete as condições de saúde e de salubridade no local, já que o cálculo da expectativa de vida é fortemente influenciado pelo número de mortes precoces.
Renda: A renda é calculada tendo como base o PIB per capita (por pessoa) do país. Como existem diferenças entre o custo de vida de um país para o outro, a renda medida pelo IDH é em dólar PPC (Paridade do Poder de Compra), que elimina essas diferenças.

Abaixo estão listados apenas os países de desenvolvimento humano muito alto (valores de 2010):

1. Noruega 0,938
2. Austrália 0,937
3. Nova Zelândia 0,907
4. Estados Unidos 0,902
5. Irlanda 0,895
6. Liechtenstein 0,891
7. Países Baixos 0,890
8. Canadá 0,888
9. Suécia 0,885
10. Alemanha 0,885
11. Japão 0,884
12. Coreia do Sul 0,877
13. Suíça 0,874
14. França 0,872
15. Israel 0,872
16. Finlândia 0,871
17. Islândia 0,869
18. Bélgica 0,867
19. Dinamarca 0,866
20. Espanha 0,863
21. Hong Kong 0,862
22. Grécia 0,855
23. Itália 0,854
24. Luxemburgo 0,852
25. Áustria 0,851
26. Reino Unido 0,849
27. Singapura 0,846
28. República Checa 0,841
29. Eslovênia 0,828
30. Andorra 0,824
31. Eslováquia 0,818
32. Emirados Árabes Unidos 0,815
33. Malta 0,815
34. Estónia 0,812
35. Chipre 0,810
36. Hungria 0,805
37. Brunei 0,805
38. Qatar 0,803
39. Bahrein 0,801
40. Portugal 0,795
41. Polónia 0,795
42. Barbados 0,788

sexta-feira, 16 de setembro de 2011



A actividade económica, o sentimento económico e o consumo privado voltaram a cair em Agosto, bem como a confiança dos consumidores.

O indicador da instituição liderada por Carlos Costa que mede a actividade económica teve um recuo de 2,3% em Agosto, face a igual mês do ano anterior, estando em regressão há mais de um ano, segundo os indicadores de conjuntura hoje divulgados pelo Banco de Portugal.

Também o indicador que mede o sentimento económico sofreu nova diminuição, passando dos 83,7 pontos em Julho para 78,7 pontos em Agosto.

No que diz respeito ao consumo privado, é de registar uma nova variação negativa em Agosto, em termos homólogos, de 4,1% no mês em análise, contra os 3,7 por cento verificados em Julho.

Também o indicador que mede a confiança dos consumidores aponta para uma quebra entre Julho e Agosto, passando dos -50,2 pontos para os -52,8 pontos, respectivamente.

Na semana passada, o INE confirmou a estagnação da economia portuguesa no segundo trimestre, face ao primeiro trimestre, explicando que o contributo da procura interna foi mais negativo, mas foi compensado pelo comportamento mais positivo das exportações.

De acordo com as contas nacionais trimestrais publicadas a 08 de Setembro pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) terá contraído 0,9% no segundo trimestre, quando comparado com igual período de 2010, enquanto a variação para os primeiros três meses do ano dá um saldo nulo.

A procura interna caiu 1,3% face aos primeiros três meses do ano, com destaque para uma redução bastante vincada da componente do investimento, enquanto a procura externa líquida teve um contributo positivo que compensou esta queda, com um contributo igual para a variação em cadeia do PIB, na ordem dos 1,4%.
in Diário Económico - 16/9/2011


A sociedade portuguesa actual, está dividida em 2 grupo: Consumidores e Produtores. É errado afirmar que Portugal não produz. O problema é que a classe consumidora está a perder o poder de compra, reduzindo as receitas obtidas pelo sector Produtor, que posteriormente não consegue sustentar os custos da produção, originando um processo cíclico e contínuo do qual é difícil sair. O desenvolvimento Sócio-Económico do país está posto em causa. Até quando iremos continuar?