sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Índice de Pobreza Humana (IPH)

Conceito de Índice de Pobreza Humana

O Índice de Pobreza Humana (IPH) é um índice criado pela ONU em 1997 para medir a pobreza humana e que utiliza no seu cálculo três dimensões base:

. longevidade: representada pela percentagem de pessoas que morrem antes dos 40 anos;

. conhecimento: representado pela percentagem de adultos analfabetos;

. nível de vida: representado pela percentagem de pessoas com acesso a serviços de saúde, percentagem de pessoas com acesso a água potável e percentagem de crianças subnutridas.

Actualemente, os países em vias de desenvolvimento são pertencentes ao IPH1 e os desenvolvidos aos IPH2.

IDH



O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano" e para separar os países desenvolvidos (muito alto desenvolvimento humano), em desenvolvimento (desenvolvimento humano médio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano baixo). A estatística é composta a partir de dados de expectativa de vida ao nascer, educação e PIB (PPC) per capita (como um indicador do padrão de vida) recolhidos a nível nacional. Cada ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas. O IDH também é usado por organizações locais ou empresas para medir o desenvolvimento de entidades subnacionais como estados, cidades, aldeias, etc.

O índice foi desenvolvido em 1990 pelos economistas Amartya Sen e Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu relatório anual.

Critérios de avaliação:
A partir do relatório de 2010, o IDH combina três dimensões:

Uma vida longa e saudável: Expectativa de vida ao nascer
O acesso ao conhecimento: Anos Médios de Estudo e Anos Esperados de Escolaridade
Um padrão de vida decente: PIB (PPC) per capita
Até 2009, o IDH usava os três índices seguintes como critério de avaliação:

Índice de educação: Para avaliar a dimensão da educação o cálculo do IDH considera dois indicadores. O primeiro, com peso dois, é a taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais de idade — na maioria dos países, uma criança já concluiu o primeiro ciclo de estudos (no Brasil, o Ensino Fundamental) antes dessa idade. Por isso a medição do analfabetismo se dá, tradicionalmente a partir dos 15 anos. O segundo indicador é a taxa de escolarização: somatório das pessoas, independentemente da idade, matriculadas em algum curso, seja ele fundamental, médio ou superior, dividido pelo total de pessoas entre 7 e 22 anos da localidade. Também entram na contagem os alunos supletivo, de classes de aceleração e de pós-graduação universitária, nesta área também está incluído o sistema de equivalências Rvcc ou Crvcc, apenas classes especiais de alfabetização são descartadas para efeito do cálculo.
Longevidade: O item longevidade é avaliado considerando a expectativa de vida ao nascer. Esse indicador mostra a quantidade de anos que uma pessoa nascida em uma localidade, em um ano de referência, deve viver. Reflete as condições de saúde e de salubridade no local, já que o cálculo da expectativa de vida é fortemente influenciado pelo número de mortes precoces.
Renda: A renda é calculada tendo como base o PIB per capita (por pessoa) do país. Como existem diferenças entre o custo de vida de um país para o outro, a renda medida pelo IDH é em dólar PPC (Paridade do Poder de Compra), que elimina essas diferenças.

Abaixo estão listados apenas os países de desenvolvimento humano muito alto (valores de 2010):

1. Noruega 0,938
2. Austrália 0,937
3. Nova Zelândia 0,907
4. Estados Unidos 0,902
5. Irlanda 0,895
6. Liechtenstein 0,891
7. Países Baixos 0,890
8. Canadá 0,888
9. Suécia 0,885
10. Alemanha 0,885
11. Japão 0,884
12. Coreia do Sul 0,877
13. Suíça 0,874
14. França 0,872
15. Israel 0,872
16. Finlândia 0,871
17. Islândia 0,869
18. Bélgica 0,867
19. Dinamarca 0,866
20. Espanha 0,863
21. Hong Kong 0,862
22. Grécia 0,855
23. Itália 0,854
24. Luxemburgo 0,852
25. Áustria 0,851
26. Reino Unido 0,849
27. Singapura 0,846
28. República Checa 0,841
29. Eslovênia 0,828
30. Andorra 0,824
31. Eslováquia 0,818
32. Emirados Árabes Unidos 0,815
33. Malta 0,815
34. Estónia 0,812
35. Chipre 0,810
36. Hungria 0,805
37. Brunei 0,805
38. Qatar 0,803
39. Bahrein 0,801
40. Portugal 0,795
41. Polónia 0,795
42. Barbados 0,788

sexta-feira, 16 de setembro de 2011



A actividade económica, o sentimento económico e o consumo privado voltaram a cair em Agosto, bem como a confiança dos consumidores.

O indicador da instituição liderada por Carlos Costa que mede a actividade económica teve um recuo de 2,3% em Agosto, face a igual mês do ano anterior, estando em regressão há mais de um ano, segundo os indicadores de conjuntura hoje divulgados pelo Banco de Portugal.

Também o indicador que mede o sentimento económico sofreu nova diminuição, passando dos 83,7 pontos em Julho para 78,7 pontos em Agosto.

No que diz respeito ao consumo privado, é de registar uma nova variação negativa em Agosto, em termos homólogos, de 4,1% no mês em análise, contra os 3,7 por cento verificados em Julho.

Também o indicador que mede a confiança dos consumidores aponta para uma quebra entre Julho e Agosto, passando dos -50,2 pontos para os -52,8 pontos, respectivamente.

Na semana passada, o INE confirmou a estagnação da economia portuguesa no segundo trimestre, face ao primeiro trimestre, explicando que o contributo da procura interna foi mais negativo, mas foi compensado pelo comportamento mais positivo das exportações.

De acordo com as contas nacionais trimestrais publicadas a 08 de Setembro pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) terá contraído 0,9% no segundo trimestre, quando comparado com igual período de 2010, enquanto a variação para os primeiros três meses do ano dá um saldo nulo.

A procura interna caiu 1,3% face aos primeiros três meses do ano, com destaque para uma redução bastante vincada da componente do investimento, enquanto a procura externa líquida teve um contributo positivo que compensou esta queda, com um contributo igual para a variação em cadeia do PIB, na ordem dos 1,4%.
in Diário Económico - 16/9/2011


A sociedade portuguesa actual, está dividida em 2 grupo: Consumidores e Produtores. É errado afirmar que Portugal não produz. O problema é que a classe consumidora está a perder o poder de compra, reduzindo as receitas obtidas pelo sector Produtor, que posteriormente não consegue sustentar os custos da produção, originando um processo cíclico e contínuo do qual é difícil sair. O desenvolvimento Sócio-Económico do país está posto em causa. Até quando iremos continuar?