sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ciclos Económicos


O conceito de Ciclo económico refere-se às flutuações da atividade econômica, a longo prazo. O ciclo envolve uma alternância de períodos de crescimento relativamente rápido do produto (recuperação e prosperidade), com períodos de relativa estagnação ou declínio (contração ou recessão).

Os ciclos económicos são caracterizados por um movimento de um grande número de atividades econômicas e não apenas pelo movimento de uma única variável, tal como o PIB, embora essas flutuações são geralmente medidas em termos de variação do Produto Nacional (PIB ou PNB). Schumpeter em 1939, definiu quatro fases para um ciclo económico: (1) boom; (2) recessão; (3) depressão; (4) recuperação.Embora os ciclos económicos se repitam, e caracterizados por períodos de expansão e contração da actividade económica, não necessariamente periódicos. Por sua vez, são um fenómeno que ocorrem em economias de mercado.

Macroeconomia



Macroeconomia é uma das divisões da ciência económica dedicada ao estudo, medição e observação de uma economia regional ou nacional como um todo. A macroeconomia é um dos dois pilares do estudo da economia, sendo o outro a microeconomia. O estudo macroeconómico surgiu como forma de oposição ao sistema mercantil Europei. Este movimento foi chamado por Keynes de Revolução Clássica. Os dois dogmas mercantilis atacados pelos clássicos eram, o metalismo (a crença de que a riqueza e o poder de uma nação estava na acumulação de metais preciosos), e a crença na necessidade de intervenção do estado para direcionar o desenvolvimento do sistema capitalista. O primeiro trabalho clássico foi ''A riqueza das nações'', publicado em 1776 de Adam Smith, sendo considerado a partir desta publicação o início ciência económica. O termo macroeconomia teve origem na década de 1930 a partir da Grande Depressão iniciada em 1929, onde foram intensificadas a urgência dos estudo das questões macroeconómicas, sendo a primeira grande obra literária macroeconómica o livro ''Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda'', do economista britânico John Maynard Keynes, dando origem a Revolução Keynesiana que se opôs à ortodoxia da Economia Clássica.

A macroeconomia concentra-se no estudo do comportamento agregado de uma economia, ou seja, das principais tendências (a partir de processos microeconómicos) da economia no que diz respeito principalmente à produção, á obtenção de lucro, ao uso de recursos, ao comportamento dos preços, e ao comércio exterior. Os objetivos da macroeconomia são principalmente o crescimento da economia em si, o emprego estável, a estabilidade de preços e o controlo inflacionário.

Um conceito fundamental à macroeconomia é o de sistema económico, ou seja, uma organização que envolva recursos produtivos.



A estrutura macroeconómica compõe-se de cinco mercados:

• Mercado de Bens e Serviços: determina o nível de produção agregada bem como o nível de preços.

• Mercado de Trabalho: admite a existência de um tipo de mão-de-obra independente de características, determinando a taxa de salários e o nível de emprego.

• Mercado Monetário: analisa a procura da moeda e a oferta da mesma pelo Banco Central que determina a taxa de juros.

• Mercado de Títulos: analisa os agentes económicos que possuem um nível de gastos inferior ao seu lucro e aqueles que possuem gastos superiores ao seu nível de lucro.

• Mercado de Divisas: depende das exportações e de entradas de capitais financeiros determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro.

O actual alargamento dos mercados como factor de crescimento económico

O alargamento dos mercados financeiros mundiais traduz crescimento económico em várias vertentes. Crescimento económico é o aumento regular da produção de bens e serviços numa determinada sociedade referenciada no espaço e no tempo. Uma nação, munida de uma boa produção, poder de compra, juntamente a uma exportação interior e exterior, e bons níveis no IDH, á partida, tem o que é necessário para crescer economicamente. Porém, isso por si só não chega – a necessidade de alargar os mercados é constante, para aumentar o fluxo de bens e matérias-primas. Para tal, criam-se zonas de comércio livre entre diversos países, de modo a contribuir para um melhor alargamento dos mercados e consequentemente, crescimento económico. Alguns exemplos disso é o Mercado Comum Centro-Americano, NAFTA, Caricom, Mercosul, UE, entre outros. No caso da UE, originalmente, numa tentativa para unir os europeus após a 2ª Grande Guerra, criou-se a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) que, embora tendo o objectivo modesto do controlo centralizado das indústrias do carvão e do aço dos seus Estados-membros, foi declarada como sendo uma primeira etapa para a fundação de uma Europa de comércio livre e sem fronteiras. Após a criação da CEE, o crescimento dos mercados europeus foi quase explosivo. Isto dá-nos uma ideia de quão eficaz é a criação de espaços de comércio livre para aumentar o crescimento económico.
Actualmente também temos a OMG (Organização Mundial do Comércio), que contribui para a liberalização do comércio mundial. A Organização Mundial do Comércio é uma organização internacional que trata das regras sobre as moedas e seu preço no mercado mundial entre as nações. Os membros da OMC negociam e assinam acordos que depois são ratificados pelo parlamento de cada nação e passam a regular o comércio internacional com a ordem parlamentar.
Também assistimos á emersão de novas economias de sucesso mundial, tal como o Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC). Estes países, apesar de ainda serem considerados países em desenvolvimento e com baixo índice de IDH, possuem uma forte indústria e grande produção, para além de um grande poder de exportação e mão-de-obra barata. Em 2050, o conjunto das economias dos BRICs pode eclipsar o conjunto das economias dos países mais ricos do mundo actual. Os quatro países, em conjunto, representam actualmente mais de um quarto da área terrestre do planeta e mais de 40% da população mundial.
Outro caso de economias em desenvolvimento são os CIVET, um grupo de países com economias dinâmicas e diversificadas e uma população jovem em ascensão, formados pela Colômbia, Indonésia, Vietnam, Egipto e Turquia. É comum afirmar que estes países são os “segundos BRICs”, ou seja, a segunda geração de economias em ascensão.
Deve-se sublinhar o facto que estas economias estão a crescer graças á intensa expansão dos seus mercados financeiros pelo mundo todo, e isto deve-se ás zonas de comércio livre criadas em função de melhor comércio de bens e serviços entre outros. Hoje em dia já é comum encontrar casas de comércio chinesas em todas as ruas, cadeias de Supermercados Pingo Doce e LIDL e bancos Milénium BCP e BES espalhados pela Europa, cadeias de restaurantes multinacionais, como a MacDonald’s e Pizza Hut, carros de inúmeras marcas em todo o lado, entre milhões e milhões de outros artigos. Um país que seja fechado ao mundo, como foi o caso da Albânia e da Roménia, por exemplo, sob o punho de ferro de Nicolae Ceaușescu e Enver Hoxha, encontrar-se-á em sérias dificuldades económicas e sociais, como se pode verificar. Logo, podemos concluir que comércio livre, é um forte aliado do crescimento económico, pois contribui para o alargamento dos mercados.

José Costa 12.1

Prémio Nobel da Economia 2011

Foi o último Prémio Nobel 2011 a ser revelado e tem tem não um, mas dois vencedores, ambos professores catedráticos norte-americanos.

Thomas J. Sargent e A. Christopher Sims são os agraciados pela Academia Sueca das Ciências, pelas suas "pesquisas empíricas sobre causa e efeito na macroeconomia".

Os economistas desenvolveram métodos para estudar a relação entre a política económica e as variáveis macroeconómicas, como o produto interno bruto, inflação, emprego e investimento.

A sua investigação explica que a "política afecta a economia, mas a economia também afecta política," afirmou o porta-voz da Academia Sueca.

Christopher Sims concentrou o seu trabalho no estudo dos efeitos das taxas de juro definidas pelos bancos centrais. Já Thomas Sargent centrou a sua investigação em mudanças permanentes na política económica, tais como metas de inflação.

As apostas dos especialistas concentraram-se, não nos nomes, mas na área de acção. Os desenvolvimentos no estudo da área macroeconómica eram os mais pedidos pelos críticos.

Sargent nasceu em 1943, em Pasadena, e integra actualmente a Universidade de Nova Iorque. Quanto a Sim, nasceu em 1942 e é na Universidade de Princeton que desenvolve estudos e trabalho.

Os dois economistas vão repartir um prémio de 10 milhões de coroas suecas (um milhão de euros), uma medalha de ouro e um diploma que será entregue na cerimónia dos laureados a 10 de Dezembro, que marca também o aniversário da morte de Alfred Nobel, como habitualmente.

No ano passado os agraciados com o prémio Nobel da Economia foram Peter Diamond, Dale Mortensen e Christopher Pissarides pelo seu trabalho sobre a eficiência no recrutamento, a formação de salários e legislação laboral.

in Dinheiro Vivo