sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Grécia abandonou a ideia de fazer referendo sobre plano de resgate
O ministro grego da Economia anunciou, esta quinta-feira, que o Governo recuou, definitivamente, em relação à realização de referendar o plano de resgate europeu, aprovado a 27 de Outubro.
"O Governo anuncia de forma oficial que não avançará com nenhum referendo", anunciou Evangelos Venizelos, alertando, no entanto, para o facto de a Grécia necessitar dos oito mil milhões de euros referentes à sexta tranche de apoio da troika até ao dia 15 de Dezembro.
Ao fim de várias negociações, o primeiro-ministro grego começou por admitir um possível recuo na decisão que deixou os líderes europeus inquietos e causou o caos nas bolsas. Georges Papandreou referiu que o recuo no referendo é a condição necessária ao diálogo com o partido da oposição, Nea Dimokratia (Nova Democracia), para a formação de um Governo de unidade nacional.
O primeiro-ministro grego referiu que, em caso de consenso com o líder da oposição, Antonis Samaras, "não seria necessário o referendo". "Creio que as intenções do senhor Samara são boas, que quer cooperar e quer dar uma boa postura", acrescentou.
Fontes do partido da oposição confirmam que Papandreou e Samaras falaram por telefone e que as negociações irão continuar esta noite. "Tenho responsabilidade de encontrar dinheiro para evitar que o país caia em bancarrota", declarou o primeiro-ministro grego, à tarde, num discurso no Parlamento.
"Os sacrifícios estão a ser difíceis, mas ajudam a solidificar os novos cimentos do futuro", acrescentou o governante, destacando, ainda, que a Grécia conseguiu o perdão de uma grande parte da dívida.
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